Cardiologistas da Hapvida NotreDame Intermédica falam sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento da enfermidade que atinge mais de 38 milhões de pessoas no Brasil
Conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da hipertensão arterial é de extrema importância, visto que a doença atinge mais de 38 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
Segundo o cirurgião cardiovascular da Hapvida NotreDame Intermédica, José Leitão, é considerado hipertenso aquele paciente que tem uma pressão arterial elevada, ou seja, que atinge valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg – mais conhecido como 14 por 9.
“Cerca de 38 milhões de pessoas no Brasil são consideradas hipertensas, em especial os pacientes acima de 65 anos, em que quase 50% das pessoas com essa faixa etária são portadores da doença”, afirma.
Já o médico cardiologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Josely Figueiredo, reforça que a pressão alta exige um esforço maior do coração para distribuir o sangue pelo corpo. “A hipertensão é uma doença de causa multifatorial e metabólica, que acomete diretamente o sistema cardiovascular, levando ao enrijecimento dos vasos sanguíneos, a processos inflamatórios e à lesão de órgãos como coração, rins e cérebro. Como consequência, dificulta o fluxo sanguíneo, comprometendo o transporte de nutrientes e oxigênio para as células”, esclarece.
Figueiredo aponta a genética como a principal causa do desenvolvimento do distúrbio, mas também destaca outros fatores que influenciam nos níveis de pressão. “Peso elevado, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, dieta rica em sal, uso indiscriminado de anti-inflamatórios e corticosteroides, e consumo indevido de hormônios para fins estéticos podem levar à hipertensão arterial”, explica.
Primária e secundária
Leitão afirma que a hipertensão arterial pode ser diferenciada em dois tipos:
Primária: que é a causa mais comum, em que o paciente tem o fator genético associado, presente em 80% das pessoas hipertensas;
Secundária: em que outras doenças podem acarretar o aumento da pressão como, por exemplo, o hipertireoidismo. Assim, ao tratar a doença – o hipertireoidismo –, a pressão desse paciente, consequentemente, vai abaixar.
Silenciosa
De acordo com os cardiologistas, na maioria dos casos, a hipertensão arterial é silenciosa, não apresentando sintomas agudos. No entanto, se não for tratada adequadamente, pode trazer sérias consequências ao organismo.
“Cerca de 70% dos pacientes que são hipertensos não fazem uso regular das medicações. Isso é muito grave, já que a pressão alta é a principal causa de AVC, infarto agudo do miocárdio e embolia. Então, todo cuidado é pouco”, comenta Leitão.
“É um grave fator de risco e, na gestação, pode levar ao parto prematuro e baixo desenvolvimento fetal”, reforça Figueiredo.
Sintomas e controle da doença
Leitão orienta que, se apresentar sintomas como dor no peito, zumbido, tontura, muita dor de cabeça na região da nuca, é fundamental procurar por um médico para fazer um acompanhamento adequado.
Apesar de não ter cura, a hipertensão arterial pode ser controlada de forma eficaz, possibilitando qualidade de vida ao paciente. “Visitas regulares ao médico para o correto diagnóstico e tratamento precoce, com mudança de hábitos de vida, são as principais medidas para controlar a hipertensão arterial e, consequentemente, promover uma vida longeva e mais saudável”, conclui Figueiredo.